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Uma História de Amor - Parte I

Amores...no meu post sobre o show do Coldplay (uhuuuu!) comentei que provavelmente não estarei no Brasil. Estou tão feliz com as mudanças que estão acontecendo que PRECISO compartilhar com vocês (Laís, Eriane, Lana e Flávia - amigas de perto, prestem ATENÇÃO! Hehe). Quem não gosta de histórias de amor? Hoje começo a contar a minha...



02/11/2007 - Domingo: Com meus 15 anos completos, e poucas festas no curriculum, marquei com mais duas amigas de sair nesse domingo. A balada começava às 22h e terminava às 00:30h. Seriam poucas horas...mas eu, que sempre fui fã de música estava empolgadíssima. Era a segunda vez que saía à noite. Nesse domingo, a casa estava cheia...muita gente conhecida e desconhecida também. Lembro até hoje a roupa que eu vestia: calça skinny, scarpin preto e uma blusinha tbm preta.Chegamos lá às 21:45h e não parava de chegar gente, encontramos mais duas amigas,e assim éramos cinco. Cinco garotas, eu, a mais nova, minhas amigas com 16, 17 e 20.
Lembro que bem no centro da pista, havia uma luz branca, do tipo que diz: "Oi, estou aqui!" (aquelas que lembram as luzes de segurança de uma prisão). E pouco depois de encontrarmos um lugar para ficar à noite toda e comprarmos uma Coca-Cola (eu tinha 15 anos, tá?), olhei para quem estava sob a luz. E então, aconteceu. 1,85, cabelo castanho claro, barba de 3 dias e o sorriso mais lindo que eu já vi. Sabe o tipo de pessoa que te chama a atenção, que você não quer parar de olhar? Ele era assim. Fiquei boba, parada, olhando por alguns segundos, sem que ele me visse. Minhas amigas perceberam que eu olhava para o mesmo lugar e perguntaram: 'O que foi? Quem é?' E eu respondi: 'Não sei.'
Não. Não nos olhamos e saímos correndo em direção um ao outro, como em um filme bobo de adolescente. Aliás, ele nem me viu naquele domingo. Sinto muito ter que acrescentar, mas naquela noite ele não estava sozinho, poucos minutos depois de eu ter visto ele pela primeira vez, uma loira, tão linda quanto ele, chegou perto e o beijou.
Eu tinha 15 anos. Era inocente e romântica. Dancei a noite toda e bebi muitas Coca-Cola's. Cheguei em casa à 1h, e lembro de ter pensando antes de apagar a luz do quarto: 'Ele era tão lindo'. Sem saber nome, onde morava e quem era, chamamos ele de "o carinha de verde" a semana toda...minhas amigas, claro, às vezes o chamavam de "o carinha da Ally". Mas ele não era meu. Ele nem sabia de mim. Quando temos 15 anos, fantasiamos mini-amores, idealizamos príncipes encantados. E depois daquele domingo, ele era o meu.



A semana na escola foi complicada. [sei disso, porque ainda tenho a agenda daquele ano]Muitas provas para o final do semestre...e então, como um presente de 'boa aluna', meus pais deixaram eu ir novamente para a mesma balada no outro domingo. Eu geralmente saía duas vezes por mês, mais uma ida ao shopping, ir dois domingos seguidos era algo INCRÍVEL para mim. Comprei uma blusinha verde-bandeira linda de morrer, no mesmo tom de verde que ele tinha usado a camiseta no domingo passado. Eu só pensava: 'Ele bem que podia estar lá...'.



09/11/2007 - Domingo: 'Essa não...onde está todo mundo?' Foi a primeira coisa que eu disse quando entramos. Havia pouco mais da metade de pessoas do outro domingo. Senti medo de ter saído de casa em vão. Dessa vez, fomos eu, minha amiga de 17 anos (Tata) e a irmã dela de 24 (Lisi). Decidimos ir para a parte de cima da casa. Comprei uma Coca-Cola e me debrucei para olhar novamente quem estava sob a luz branca. E não vi ele. Fiquei chateada por uns 15 minutos, sem dançar, apenas olhando para as pessoas. Lisi, a irmã da minha amiga me disse: 'Tá procurando alguém?' Eu fiz que não com a cabeça e sorri meio sem graça. Claro que eu estava, eu queria ver ELE.
Era quase 23:30h quando decidimos ir para o andar de baixo. Lembro que tropessei na escadaria (droga, de salto 12cm!) e fomos ao banheiro. Me olhei no espelho e pensei: '15 anos. Ele dever ser uns 5 anos mais velhos. Cadê ele???'
Assim que saímos do banheiro, eu o vi. No final da fila do bar, vestindo uma camiseta branca. Tinha o sorriso mais lindo do mundo...e falava sem parar com um amigo. Eu parei onde estava e fiquei olhando por uns 5 segundos. Até que percebi que não queria me perder delas, e saí correndo atrás. Quando chegamos embaixo do telão do VJ, eu disse: 'Tata, ele tá aqui! Eu vi!'. Minha amiga disse: 'O quê? Vamos agoooora fazer ele te ver!' Eu disse: 'Mas como?'
Eu sabia como. Toda menina, ou mulher sabe como : passando várias vezes pelo mesmo caminho, até o indivíduo perceber que é impossível você querer ir tanto assim, no banheiro. Não precisei passar muitas vezes. Pena que a tática não deu tão certo da primeira vez. Passei quase do lado dele, mas quem segurou meu braço e disse "Oiiii" foi o AMIGO dele. Simples, eu disse "Oiii" também, mas não olhei para o amigo dele, olhei para ele. E saí. Chegamos no banheiro rindo e eu disse: 'Acabou agora! O BABACA do amigo tinha que me segurar e dizer OI!?' Rimos sozinhas lá, por algum tempo, e ela disse: 'A gente tem que voltar'. E eu topei. Precisava saber quem ele era. Eu ia adorar ver aquilo sorriso de perto.
Não imaginei que minha amiga, faria tanto por mim. Ela foi na minha frente e segurou o amigo dele, assim, só sobrou EU E ELE, o amigo BABACA não ia dizer 'OI DENOVO, GATINHA!' E deu certo. Porque no minuto mais rápido da minha vida, eu vi o amigo BABACA (acho que agora posso chamar de Victor, né? Tadiiinho! hehe) e minha amiga conversando bem de pertinho. Antes de eu pensar em qualquer coisa, senti uma mão na minha cintura e prendi a respiração. Virei para trás e era ele, sorrindo e oh...ele tinha olhos verdes!



CONTINUA...


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