Pesquise no FashionBoudoir

Meryl Streep, sempre diva!


Hoje quero falar de uma diva do cinema! Sou super admiradora dela!
Ícone de beleza, alvo de critícas, seguida por ínumeros fãs e admiradores...
Poderia ficar aqui sentadinha escrevendo por horas, mas jamais chegarei perto
de usar as palavras corretas para a maior atriz da atualidade.
Claro que não poderia estar falando de outra pessoa, Meryl Streep.
Amo todos seus filmes, mas, em especial, The devil wears Prada.
A anos tenho guardado uma entrevista feita pela revista época a atriz.
Não sei bem porquê, mas algo me chama muita a atenção em suas respostas.
Verdadeiras, intrigantes e objetivas!
Vou compartilhar com vocês, espero que gostem!

ETERNA MERYL STREEP...

Beijos amoressss...


Meryl Streep

Aos 57 anos, Meryl Streep é uma atriz que tem tudo: 2 Oscars, o recorde absoluto de 13 indicações para o prêmio da Academia (Jack Nicholson e Katharine Hepburn aparecem em 2º lugar, com 12), um casamento feliz, quatro filhos e livre acesso à intelligentsia de Nova York, cidade onde mora. Além de tudo isso, a atriz também goza de um perene encantamento por parte da crítica especializada, que nunca a acusou de ser uma atriz preguiçosa, que tenha se vendido a Hollywood ou feito papéis menos relevantes enquanto sua fama aumentava. O que Meryl Streep não tem, entretanto, é uma bolsa de couro de crocodilo de US$ 12 mil, um dos mais de 180 acessórios que ela usa na comédia O Diabo Veste Prada. "Para mim é inconcebível alguém entrar numa loja e gastar esse montão de dinheiro."


Embora não saiba diferenciar uma verdadeira sandália Christian Louboutin ou uma bolsa Birkin de cópias vendidas em Chinatown e não ligue para outras commodities do mundo fashion, Streep brilha na comédia O Diabo Veste Prada, na qual interpreta a mais poderosa e taciturna editora de moda do mundo: Miranda Priestley, baseada na verdadeira Anna Wintour, a inglesa que comanda - com maestria, saltos agulha e casaco de mink - a Vogue América. Para promover o filme, que foi uma das grandes surpresas da temporada de verão tendo arrecadado mais de US$ 100 milhões nos EUA, Streep, num intervalo dos ensaios da peça Mãe Coragem, de Brecht, que acabou de encenar num teatro do Central Park, cedeu a seguinte entrevista à ÉPOCA.

ÉPOCA - A senhora se interessa pelo mundo da moda?

Meryl Streep - Não tenho interesse em tendências ou modismos, e não sigo desfiles ou coisas do gênero. Mas sou muito interessada em como mulheres e homens apresentam-se ao mundo por meio da roupa que vestem, sejam vestidos com Birkenstocks ou Burberry.

ÉPOCA - Como a senhora compara a indústria do cinema com a da moda?

Meryl - Não acho que entendo muito bem sobre minha própria indústria para opinar sobre a dos outros. Acho que vivo na periferia de Hollywood. Mas talvez as similaridades sejam as mesmas. As duas indústrias são totalmente dependentes de um marketing potente e, mesmo assim, ninguém consegue entender o porquê de as pessoas não terem pagado para ver certo filme e ninguém entende o porquê da calça Capri ter virado moda. Talvez a volatilidade dessas indústrias seja similar.

ÉPOCA - O que a senhora gosta e desgosta na personagem que interpreta em O Diabo Veste Prada?

Meryl - Gostaria que ela pudesse ter prazer maior na vida. A parte que admiro nela é a disposição de ser direta. Mas entendo que isso não é uma coisa atraente em uma mulher. As pessoas são bastante intolerantes a esse respeito. Mas me interessou o fato de ela ser uma mulher pouco adepta das sutilezas que a gente costuma acrescentar em nossos diálogos para sermos ouvidos pelo mundo.

ÉPOCA - O fato de interpretar um megera criou um desafio extra para a senhora?

Meryl - Boa parte do interesse que tive pela personagem foi o fato de ela ser bastante similar com algo que fiz bem no comecinho de minha carreira, que foi Kramer vs. Naquele filme, você sabe desde o início que a mulher que eu interpreto é uma vaca. E sempre tenho interesse em explorar o fato de existir uma humanidade escondida nesse tipo de mulher.

ÉPOCA - Miranda Priestley é uma mulher intimidante. Por ser um ícone do cinema, a senhora tende a intimidar atores mais novos e inexperientes. Como lida com o fato de que as pessoas se sentem nervosas ao encontrá-la?

Meryl - (risos) Não lido muito bem com isso.

ÉPOCA - Então como a senhora faz para atenuar esse problema?

Meryl - O fato é: essa história de ícone não tem nenhum resíduo na minha pessoa, na minha casa. Enfim, não tem nada a ver comigo. No ambiente de trabalho, essa interrupção pode acontecer no início, mas rapidamente os atores mais jovens com os quais contraceno entendem, principalmente quando esqueço minha falas. Nessas ocasiões, vejo neles uma certa interrogação. E isso tem acontecido muito ultimamemente (risos).

ÉPOCA - A figurinista Patricia Field disse que a senhora precisou perder peso para entrar nas roupas do filme. Quer dizer que nem a senhora está imune às pressões que as mulheres enfrentam em Hollywood?

Meryl - Acho que perdi peso naturalmente, por causa da ansiedade. Todo mundo pergunta: 'foi divertido interpretar uma vilã?' E a resposta é não. Não foi nada engraçado assumir o corpo dessa personagem. Talvez eu tenha levado muito a sério as pressões que ela enfrenta. No roteiro estava bem especificado que ela é uma mulher que enfrenta a pressão de poder ser substituída a qualquer momento, de perder sua posição. E sei bem como é a posição das mulheres de meia-idade no nosso mercado de trabalho. Outro motivo que me deixou ansiosa: vestir aquelas roupas todos os dias. O que pode ser considerado agradável para algumas mulheres, para mim, foi um pesadelo. Senti-me dentro de uma camisa-de-força.

ÉPOCA - O que essa personagem diz sobre as mulheres poderosas?

Meryl - Acho que a gente reserva um lugar especial em nossos corações para as mulheres que ousam ocupar um lugar elevado em nossa sociedade. E a gente tende a olhar com dureza para elas. Muito mais do que para os homens que almejam as mesmas posições. Ainda não entendo muito bem o porquê, mas seria muito interessante alguém investigar isso com certa honestidade.

ÉPOCA - Voltando ao assunto da pressão enfrentada pelas atrizes de Hollywood de sempre aparentarem magras na tela. O que a senhora acha disso?

Meryl - Acho que para garotas de 13 anos, isso é horrível. É muito pior hoje do que no meu tempo, quando eu folheava revistas teens e via uma foto da Twiggy e aspirava ficar parecida com ela. Pelo menos, no meu caso, eu sabia que, no final das contas, isso não era uma boa opção a ser levada adiante. Acho que essas coisas são bastante destrutivas para as jovens de hoje.

ÉPOCA - A senhora acha que as atrizes da nova geração enfrentam mais pressão hoje em dia por causa dos paparazzi, das revistas de fofocas, da internet?

Meryl - Recentemente, rodei o filme A Prairie Home Company, com Lindsay Lohan. E a imprensa estava constantemente atrás dela. Podia ver na minha frente os milhões de dólares movimentados pelas revistas para ter uma foto dessa garota indo aos clubes da moda. Lindsay completou 19 anos no nosso set. Três das minhas filhas são mais velhas que ela e tenho muita simpatia por Lindsay, pois agora todos os erros que a gente faz em público alimentam uma indústria de milhões de dólares. Essa é a linha de Rupert Murdoch [magnata australiano da mídia]. Pessoas fazem um dinheirão hoje em dia. Mas por outro lado, também, mais e mais atrizes parecem que têm de posar nua para a capa da Vanity Fair.

ÉPOCA - Mesmo sendo figura pública, a senhora parece ter mantido sua vida particular muito bem guardada.

Meryl - Sempre acho que existe uma oportunidade de dizer não a essas coisas (risos). Mas talvez algumas atrizes de hoje não teriam uma carreira caso não tivessem aberto suas vidas publicamente.

ÉPOCA - A autora do livro O Diabo Veste Prada foi uma assistente que sofreu na mão da chefe. Que conselhos a senhora daria para ela, caso a encontrasse?

Meryl - Acho que aprendemos muito quando temos esses trabalhos menores, depreciativos, pois temos uma visão da equação inteira. É muito engraçado quando minha personagem diz: "O que aconteceu com meu café? Minha assistente morreu?" Se eu fosse uma assistente naquele escritório, eu morreria de rir. Mas, na vida real, as pessoas têm muito medo. Isso é algo que entendo bem sendo uma estrela de cinema. As pessas tremem um pouquinho quando peço um café no set. Até esse café chegar às minhas mãos, essa ordem vai passar por várias outras pessoas. Uma assistente vai dizer: "Ih, ela não gosta de açúcar". A outra vai dizer: "Será que ela gosta de Splenda, ou o leite tem que ser frio ou morno?" E eu não tenho esses fricotes. Eu só pedi um café! (risos).

ÉPOCA - A senhora diz que não se sentiu confortável usando aquelas roupas de designers famosos no filme. Que tipo de roupas a senhora gosta de vestir?

Meryl - Sinto-me muito mais confortável usando jeans e camiseta. Estou usando esse terninho Valentino apenas para promover o filme.

Fonte: revista Época

2 comentários:

Fairy

Acho que o fato de vc ter admirado a entrevista, deve-se ao fato de que ela é elegante sendo ela mesma, ela não rpecisa dessas futilidades, para ser quem ela é, admirável.
Apesar de amar usar esses scarpins, tem dias que eu só quero um par de havaianas e moleton, mas quem disse que eu me sinto bem? En graçado que isso me remete ao seriado de ontem no "Evebody hates Chris" O Julius queria jogar a maquiagem da mulher dele fora e ela disse em tom de desespero: "Você vai jogar o meu rosto fora se fizer isso!" Hahahahaha
Pensei em mim mesma, se jogassem a minha maquiagem eu morreria só de pensar em vir trabalhar com a cara lavada. Rídiculo isso. Mas acho que é a minha geração, sei lá.
Só sei que mulheres simples são muito mais bonitas, a beleza está na simplicidade. As vezes tenho vergonha de ser tão fútil, sabia? Hahaha
Mas com relação à gastar muito dinheiro eu concordo, achados satisfazem tanto quanto. Beijos, gata!

Laís Kunhasky Spilere

Menina, acertasse em cheio!
Somos muito parecidas desde a parte em que falastes de havaiana até a futilidade. Esses dias me senti mal por me achar tão fútil. É inacreditável como uma maquiagem ou um par de sapatos nos levam a loucura.
Meryl, é simples e lindíssima! Muito mais que milhares de atrizes que estão sempre estamapadas em capa de revistas e que fazem de tudo por sua beleza!
Obrigada pelo seu comentário!
Beijos! Ótima semana!